O candidato a deputado federal Irajá Lacerda (PSD), enquanto chefe de gabinete do senador Carlos Fávaro (PSD), foi acusado de ser favorecido com atos administrativos do governo federal para explorar a extração de ouro ilegalmente em Mato Grosso. A informação foi divulgada pelo jornal Folha de S. Paulo em reportagem especial no dia 5 de dezembro de 2021.
A reportagem diz que no dia 9 de julho de 2019 Irajá Lacerda obteve autorização do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), chefiado pelo general Heleno Ramos, para pesquisar ouro numa área de 1.705 hectares numa faixa de fronteira, em Comodoro, na região oeste do Estado.
“Sou advogado e atuo na área ambiental e agrária. Houve um indeferimento [posterior do requerimento de pesquisa], por eu não ter dado sequência ao projeto. Minha atuação [no Senado] tem zero relação [ com o projeto de pesquisa de ouro]”, se defendeu Lacerda, em entrevista à Folha de S. Paulo na época dos fatos.
A Folha de S. Paulo revelou que o ministro General Augusto Heleno autorizou que empresários com áreas embargadas pelo Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais e Renováveis) avançassem na prospecção de ouro na Amazônia, incluindo áreas praticamente intocadas.
Todas as áreas foram, posteriormente, embargadas pelo Ibama, por suspeita de crimes ambientais.
Responsável por uma campanha eleitoral que esbanja recursos, atualmente Irajá está concorrendo na chapa que apoia Luiz Inácio Lula da Silva como candidato a presidente. Morador de Cuiabá, Irajá busca votos na região oeste onde seus parentes atuaram como políticos há décadas atrás.
Veja o link da reportagem originalmente publicada na Folha de SP
https://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2021/12/empresas-autuadas-pelo-ibama-e-garimpeiros-com-dragas-se-beneficiam-de-atos-do-governo.shtml