Michelly já conta com sete assinaturas para emplacar CPI das Fraudes Fiscais

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A vereadora por Cuiabá Michelly Alencar (União) está colhendo assinaturas dos colegas de Legislativo para tentar instaurar uma nova Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara. Apelidada por ela mesma de “CPI das Fraudes Fiscais”, a comissão terá como foco analisar contratos realizados pela Prefeitura de Cuiabá. Até o momento, ela já conseguiu sete assinaturas.

De acordo com o documento, o objetivo da CPI será investigar “possíveis irregularidades graves na gestão financeira do município até o exercício de 2024, que envolvem desvios de recursos públicos, apropriação indevida de valores, fraudes fiscais e descumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), resultando em prejuízos aos cofres públicos e comprometendo a continuidade dos serviços essenciais”.

“Nós tivemos fraudes fiscais absurdas que já vínhamos anunciando nas próprias prestações de contas, que desde 2021 a prestação de contas da Prefeitura vinha com algumas ressalvas que nunca foram sanadas. Com isso, a bola de neve foi aumentando e tivemos fraudes em contratos que a gente vai investigar na CPI. Essas fraudes impactaram os serviços essenciais para a nova gestão. Esse ano, vários serviços essenciais não puderam acontecer”, disse a vereadora nesta quinta-feira (6).

Esta é a segunda CPI que circula na Câmara desde o início deste ano legislativo. A primeira foi instaurada na última terça-feira (4) e tem como objetivo investigar o contrato entre a Prefeitura de Cuiabá e a CS Mobi, empresa responsável pelo estacionamento rotativo no centro da capital.

A vereadora Michelly foi uma das poucas parlamentares que puderam acompanhar de perto o trabalho da equipe de transição de gestão do prefeito Abilio Brunini (PL) em novembro e dezembro de 2024, afinal, o grupo era comandado pelo atual secretário de Esportes e marido da vereadora, Jeferson Neves.

Michelly contou que a equipe de transição encontrou dificuldade para fazer um trabalho técnico na gestão, tendo em vista que os secretários do ex-prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) por muitas vezes forneciam documentos incompletos que não ajudavam a equipe de Abilio.

“Foram pedidos relatórios de todos os processos das secretarias para que a gente tivesse uma noção como as secretarias chegavam ao fim da gestão. Teve secretaria que apresentou uma folha sulfite incompleta. Tiveram uma demora absurda e muita resistência. E aquilo que foi apresentado agora que a gestão tomou pé da situação estava muito longe da realidade. Por isso que estamos apresentando a CPI para que possamos entender de fato onde houve os desvios do recurso público que deveriam estar garantindo os serviços essenciais à população”, finalizou Michelly.

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