“Eu não sou prefeito, eu não pago conta da prefeitura, eu não faço as mensagens do Executivo.” A declaração do vereador Chico 2000 (PL) foi uma reação direta ao saber que é um dos alvos da ‘Operação Perfídia’. A investigação apura um suposto favorecimento a uma empreiteira que atuou nas obras do Contorno Leste, por meio de um projeto de parcelamento de dívidas previdenciárias aprovado pela Câmara Municipal em 2023, quando Chico era presidente da Casa.
De acordo com ele, sua atuação limitou-se à condução do processo legislativo. “Alegam que uma empresa [do Contorno Leste] foi beneficiada com essa mensagem do Executivo e que um determinado vereador teve o apoio do presidente para aprovar essa mensagem do Executivo para que o Executivo pudesse pagar essa empresa. Então, assim, o que eu tenho com isso? (…) Eu gostaria de saber onde eu entro? Mas isso o meu advogado que estará buscando as respostas”, declarou.
O parlamentar disse ainda que todos os esclarecimentos solicitados pelo Ministério Público foram prestados à época, e que sua defesa será construída com base nos documentos do inquérito.
“Eu conheço o que eu ouvi deles, mas eu preciso conhecer através dos documentos que estão acostados no inquérito, para isso o meu advogado já tem procuração minha para fazer carga aos autos do inquérito e a partir daí começar a fazer a minha defesa”, afirmou.
Chico também relembrou que a proposta em questão foi enviada pelo Executivo com o objetivo de permitir que o município regularizasse suas certidões e voltasse a receber recursos federais.
“Naquele momento a prefeitura estava impedida de receber recursos do governo federal, em razão de suas certidões positivas, essa mensagem chegou na Casa, eu estava presidente, o Ministério Público encaminhou documentos pedindo esclarecimentos, todos os esclarecimentos foram prestados ao Ministério Público, a partir daí, tudo certo, vai se a pauta para votar.”