Júlio Campos cobra diálogo e avisa que grupo não aceitará imposições em 2026

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O deputado estadual Júlio Campos (União) foi direto ao falar sobre a disputa pelo Palácio Paiaguás em 2026. Em nome do grupo político que compõe ao lado dos correligionários Jayme Campos, Eduardo Botelho e Dilmar Dal Bosco, ele avisou que não aceitará ser “atropelado” nas decisões sobre a sucessão do governador Mauro Mendes (União). Júlio defende que o debate ainda está em fase embrionária e precisa amadurecer, mas deixou claro que o grupo aguarda a janela partidária de março para definir os rumos que a federação União Progressista deverá tomar na corrida pelo governo estadual.

“Quanto à eleição de 2026, vamos começar a discutir esse processo só em março”, afirmou. Ele lembrou que, embora a federação entre União e PP já esteja formada, o período da janela partidária será decisivo para ajustes internos e possíveis reposicionamentos.

“Se não houver um consenso, um diálogo, uma conversa muito séria, com posicionamentos de que nenhum grupo será excluído, ninguém será expurgado, continuamos juntos”, pontuou.

Segundo Júlio, a união do grupo depende diretamente da construção coletiva e do respeito às lideranças que o integram. Ele não poupou nomes ao apontar que não aceitará imposições vindas de outras alas do União.

“Nosso grupo político, Júlio Campos, Jayme Campos, Eduardo Botelho, Dilmar Dal Bosco, Coronel Assis, mais uns 30 e poucos prefeitos, mais uns 180 vereadores, não aceita ser tratorado por ninguém. Nem por Mauro Mendes, nem por Piveta, nem por Fábio Garcia, nem por ninguém.”

Ainda segundo o parlamentar, caso os entendimentos não avancem até março, a possibilidade de seguir caminhos diferentes não está descartada. “Até março… e março a gente decide novos caminhos”, completou, indicando que, se necessário, o grupo pode se reposicionar fora da federação União Progressista para disputar o governo.

Essa não é a primeira vez que Júlio Campos acena com a possibilidade de deixar o União. O motivo principal é a defesa, dele e do irmão, o senador Jayme Campos (União), da candidatura de Jayme ao governo de Mato Grosso em 2026. O grupo espera uma conversa definitiva nos próximos meses para decidir se o senador buscará a reeleição ou entrará de vez na corrida ao Palácio Paiaguás.

O impasse se intensifica diante da sinalização do governador Mauro Mendes (União), há muito tempo, de seu apoio ao vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos), nome que já se coloca como pré-candidato à sucessão.

Apesar da mudança de discurso e da defesa de que a decisão sobre 2026 só deve ser tomada após a janela partidária, Júlio e Jayme Campos insistem que o processo de escolha do nome apoiado pelo União não pode ser conduzido por imposições. A dupla reforça que o debate precisa ser construído de forma coletiva e sem atropelos dentro da federação.

Nesta semana, o União Brasil promoveu uma confraternização em sua sede, no primeiro encontro do ano. Segundo o governador Mauro Mendes, no entanto, tratou-se de uma reunião informal, ainda distante de qualquer definição.

“Nós fizemos lá, na sede do partido, uma pequena confraternização e falamos muito de muitas coisas. Numa reunião informal dessa se discute muitas coisas. Fala-se de fofoca, fala-se de cenários, fala de atuais presentes na política nacional e fala, claro, de 2026. Eu tenho, como sempre, tentado ficar gastando muita energia com 2026 porque eu tenho que gastar ainda muita energia com os problemas presentes em 2025”, declarou Mendes.

 

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