Veja quem são os alvos da operação que apura rombo de R$ 22 milhões

Postado em maio 9, 2025 at 9:21 am por Redação

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Um esquema milionário de desvio de dinheiro público, envolvendo contratos para perfuração de poços artesianos, foi desarticulado pela Polícia Civil de Mato Grosso nesta quinta-feira (8), durante a Operação Poço Sem Fundo. A investigação teve início após denúncia formal do Governo do Estado, revelando fraudes em convênios celebrados pela Companhia Mato-grossense de Mineração (Metamat).

De acordo com a Controladoria Geral do Estado (CGE), auditorias apontaram que parte dos poços sequer foi construída nos locais contratados. Em outros casos, os reservatórios foram perfurados sem estrutura de armazenamento de água, obrigando os próprios moradores a improvisar formas rudimentares de captação.

Houve ainda situações em que os poços foram instalados em áreas privadas, plantações, garimpos, uma granja e até em zonas urbanas, contrariando o objetivo de atender comunidades rurais.

Entre os 55 poços vistoriados em novembro de 2023, apenas 20 estavam efetivamente em operação. A CGE estima um prejuízo de pelo menos R$ 22 milhões aos cofres públicos, resultantes de pagamentos indevidos, obras inacabadas ou mal executadas.

Veja os alvos da operação:

Empresas com bloqueios judiciais e sequestro de bens

Tecnopoços Perfurações de Poços Artesianos
Uniko Engenharia
Construtora Santa Lúcia
P.M Bonini
JM Perfurações de Poços Artesianos (também proibida de atuar)
FR Engenharia e Poços

Servidores e ex-servidores da Metamat afastados de suas funções

Wagner Ramos (ex-deputado estadual e ex-diretor da Metamat)
Francisco Holanildo Silva Lima
Gleice dos Santos Reis
Wilce Aquino de Figueiredo
Gustavo Sampaio de Siqueira
Izaías Mamoré de Souza
Ismael Martinho de Souza Ramos
Monadia Escobar Alencar

Ex-servidores da Metamat com medidas cautelares

Juliano Jorge Boraczynski (ex-presidente da Metamat)
Gonçalo Ferreira de Almeida
Renata Rhaiana Padilha
Juliane Fortunato Barroso
Wilson Menezes Coutinho
André Luiz Gonçalves de Araújo
Rafael Francisco Pinto

Empresários investigados com restrições judiciais

Willian Gomes Beatriz
Ísis Caroline Beatriz Jacobi
Ricardo Antônio Fontana
Raul Barros Ribeiro
Plínio Márcio Bonini
Jobar Oliveira Rodrigues
Cristiane Pirelli de Almeida
Eduardo Arruda Monteiro da Costa

Todos os alvos estão proibidos de celebrar contratos com o poder público estadual e muitos também foram impedidos de ocupar funções públicas. A CGE determinou a suspensão imediata dos pagamentos às empresas envolvidas.