quarta-feira, julho 16, 2025

Flagra quente antecede crime passional: amante é executado após caso com médica casada; Vídeo

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Treze dias antes de ser brutalmente esfaqueado em uma distribuidora de bebidas em Sorriso (420 km de Cuiabá), o paranaense Ivan Michel Bonotto, de 35 anos, foi flagrado por câmeras de segurança deixando a casa da médica ginecologista Sabrina Iara de Mello, com quem mantinha um relacionamento extraconjugal. As imagens, datadas de 9 de março de 2025, mostram a médica vestindo um baby doll preto e se despedindo do amante com beijos e carícias. Antes de subir em sua motocicleta, Ivan ainda faz um sinal de “joinha” para a câmera, em tom considerado debochado pelas autoridades.

O crime, investigado na operação Inimigo Íntimo deflagrada nesta terça-feira (15), teve como alvos principais a própria Sabrina, seu marido e empresário Gabriel Tacca — apontado como mandante do homicídio — e o executor do crime, Danilo Guimarães.

A motivação do assassinato seria justamente o triângulo amoroso descoberto por Gabriel, que, segundo a Polícia Civil, teria contratado Danilo para matar Ivan. O plano era simular uma briga de bar para encobrir o crime. No entanto, imagens de câmeras de segurança desmentiram essa versão: Ivan foi atraído até a distribuidora sob pretexto de reencontro com amigos e atacado pelas costas, de forma covarde e premeditada.

Ferido com múltiplas facadas, Ivan ainda foi socorrido e internado no Hospital 13 de Maio, onde apresentou sinais de melhora. Mas no dia 13 de abril, sofreu uma parada cardiorrespiratória e morreu.

A médica Sabrina chegou ao hospital apenas quatro minutos após a entrada do amante, apresentando-se como “amiga da vítima”. No entanto, segundo a investigação, seu objetivo era apagar provas: ela teria pegado o celular de Ivan e deletado mensagens, fotos e até um vídeo que ele havia feito do executor. Só três dias depois entregou o aparelho à família, alegando que queria “proteger a imagem” de Ivan.

O delegado Bruno França, responsável pela investigação, classificou a ação de Sabrina como fraude processual. “As investigações apontaram que a médica foi mentora da ocultação de provas e cometeu uma série de atos para esconder a realidade dos fatos”, afirmou.

Segundo o delegado, Ivan morava em Tapurah, mas sempre que ia a Sorriso se hospedava na casa do casal, com quem mantinha uma relação de confiança — agora revelada como traiçoeira e fatal.

A Justiça deferiu os pedidos de prisão e busca e apreensão, que foram cumpridos nesta terça-feira. A Polícia segue investigando para esclarecer todos os detalhes do crime, que choca pelo grau de frieza e dissimulação de seus envolvidos.

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