quinta-feira, julho 17, 2025

Médica se manifesta pela primeira vez sobre assassinato do amante e nega ter acobertado o crime

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A médica ginecologista e obstetra Sabrina Lara de Mello divulgou, pela primeira vez, uma manifestação sobre seu envolvimento no homicídio de Ivan Michel Bonotto, de 35 anos, ocorrido em Sorriso (a 398 km de Cuiabá). Em nota, Sabrina negou ter acobertado o assassinato do amante.

Sabrina está entre os alvos da Operação Inimigo Íntimo, deflagrada na terça-feira (16) pela Polícia Civil de Sorriso. Ela é apontada como amante de Ivan Bonotto e está sendo investigada por fraude processual.

Além da médica, também foram alvos o empresário Gabriel Tacca, apontado como mandante do crime, e o atirador Danilo Guimarães. O primeiro é o marido de Sabrina, que teria encomendado a morte do amigo após descobrir a traição.

Diante da repercussão nacional do caso, Sabrina publicou uma nota na qual afirma sua inocência e manifesta sua indignação com as acusações e a exposição de sua vida nas redes sociais.

“Manifesto profunda indignação diante das recentes declarações nas mídias sociais de pessoas sem conhecimento do ocorrido, acusando minha pessoa de ter caso extraconjugal, acobertar assassinato de amante e calúnias sem nenhum fundamento. Pessoas que ignoram a realidade dos fatos, escolhendo o caminho de misturar minha vida privada com um homicídio ocorrido, não havendo, de forma alguma, relação entre esses fatos”, afirmou.

Ela também criticou o que chamou de julgamento precoce por parte da sociedade. “A maioria das pessoas está escolhendo lados. E escolheram o lado errado. Estas pessoas não condenam o assassino confesso, mas fazem alvoroço em devassar minha vida privada. Falam mais de mim do que condenar o assassino”, desabafou.

De acordo com as investigações, a médica teria se apresentado como “amiga” do paciente no hospital, com a intenção de usar da posição dela para apagar evidências de ligações entre ela, o marido e a vítima.

“Não estou presa. Fui interrogada e posteriormente liberada, sendo investigada por uma suposta fraude processual, investigação esta a qual abrirá espaço para o contraditório e ampla defesa”, disse.

Veja a nota na íntegra abaixo:
Eu, Sabrina lara de Mello, ginecologista e obstetra na cidade de Sorriso, manifesto profunda indignação diante das recentes declarações nas mídias sociais de pessoas sem conhecimento do ocorrido, acusando minha pessoa de ter caso extraconjugal, acobertar assassinato de amante e calúnias sobre minha pessoa sem nenhum cunho de verdade, pessoas que ignoram a realidade dos fatos, escolhendo o caminho de misturar minha vida privada com um homicídio ocorrido, não havendo de forma alguma relação entre estes fatos.

A maioria das pessoas está escolhendo lados. E escolheram o lado errado. Estas pessoas não condenam o assassino confesso, mas fazem alvoroço em devassar minha vida privada. Falam mais de mim do que condenar o assassino.

Sou uma médica. Quando chegou ao hospital, toda a equipe hospitalar deu total apoio à vítima, de forma plural, visando salvar sua vida.

Reafirmamos, como mulher e médica, a livre expressão das pessoas, mas com responsabilidade e verdade.

Não estou presa. Fui interrogada e posteriormente liberada, sendo investigada por uma suposta fraude processual, investigação esta a qual abrirá espaço para o contraditório e ampla defesa.

Antecipar julgamentos acerca das pessoas é uma fala perigosa. Ela denigre a imagem das pessoas, sufoca a liberdade de expressão, através de tortura psicológica.

Humildemente, peço a todas as pessoas que aguardem o resultado das investigações, não proferindo juízo de valor, vale dizer negativo, antecipadamente sobre o ocorrido.

Não há absoluto nexo entre o homicídio ocorrido e a conduta em relação à minha vida privada. Apontar o dedo para um lado dos fatos não é neutralidade. É cumplicidade.

Sabrina lara de Mello

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