terça-feira, setembro 2, 2025

Secretário alerta sobre saúde mental após morte de técnico da UTI

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Um técnico de enfermagem de 53 anos foi encontrado morto dentro do Hospital Metropolitano de Várzea Grande, na noite de segunda-feira (21). Imagens do circuito interno de segurança da unidade mostram o profissional saindo da Unidade de Terapia Intensiva (UTI), indo até a farmácia do hospital e, em seguida, entrando em um banheiro — local onde foi posteriormente encontrado sem vida por colegas de plantão.

A informação foi confirmada pelo secretário de Estado de Saúde de Mato Grosso, Gilberto Figueiredo, durante entrevista coletiva concedida na manhã desta terça-feira (22). Ele ressaltou que a causa da morte ainda está sendo investigada pelos órgãos competentes, mas que seringas foram encontradas no local onde o corpo foi localizado.

“As câmeras mostram que, na noite anterior, às 19h30, ele saiu da UTI e foi até uma farmácia dentro do hospital, pegou um medicamento e foi até o banheiro. Depois disso, não há mais registros. As causas da morte estão sendo apuradas, e não podemos antecipar conclusões. No ambiente havia seringas, mas não conseguimos detectar, até agora, o fator exato que levou ao óbito”, afirmou Figueiredo.

O corpo foi encontrado por colegas que estranharam sua ausência durante o plantão. Ele estava uniformizado, sentado no vaso sanitário do banheiro masculino da unidade hospitalar. No bolso do profissional, havia frascos de medicamentos, conforme apuração da Polícia Civil.

A Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) esteve no hospital para realizar os levantamentos preliminares. Até o momento, não há indícios de violência ou sinais de envolvimento de terceiros.

A Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT) informou que o técnico atuava na UTI e prestava serviços à unidade por meio de uma empresa terceirizada.

O caso reacende o alerta sobre a saúde mental dos profissionais que atuam na linha de frente da saúde. “Cada vez mais a saúde mental tem que ter uma atenção especial, inclusive para os profissionais da saúde que trabalham sob estresse. É uma profissão que desgasta bastante”, concluiu o secretário Gilberto Figueiredo.

Jornalista: Mika Sbardelott

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