sábado, agosto 2, 2025

Operação “Sepulcro Caiado”: Polícia apreende R$ 21 mi, 18 veículos, ouro e joias de investigados por desvio

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Os alvos da Operação Sepulcro Caiado tiveram contas bloqueadas até o valor de R$ 21.754.630,99 para eventual ressarcimento da Conta Única do Tribunal de Justiça (TJMT), em caso de condenação por desvio. Além do montante, foram recolhidas joias, relógios de luxo como Rolex e 18 veículos.

Deflagrada nesta quarta-feira (30), a ação policial mira grupo de empresários, advogados e servidores envolvidos no esquema de fraude processual.

Segundo apurado, os investigados agiram assim: identificavam pessoas com contas bloqueadas e incluíam seus escritórios como representantes legais das vítimas, sem consentimento. Ao inserir dados de confissão de dívida e depois quitação desta, colocavam valor maior do que o originalmente devido. Assim, se o valor bloqueado na Conta Única para pagar a pendência era de R$ 1 mil, os criminosos colocavam que era R$ 10 mil. Assim, com falso comprovante de quitação, o dinheiro era liberado no valor de R$ 10 mil, que era embolsado pelo grupo, sem que a vítima soubesse da fraude.

O grupo investigado usava documentos forjados e o acesso privilegiado ao sistema do Judiciário para simular quitações de dívidas e movimentações processuais fraudulentas. A estratégia se sustentava na aparência de legalidade, dando credibilidade a ações que geraram os prejuízos milionários.

São alvos da operação Wagner Vasconcelos de Moraes, Melissa França Praeiro Vasconcelos Moraes, João Gustavo Ricci Volpato, Luiza Rios Ricci Volpato, Augusto Frederico Ricci Volpato, Rodrigo Moreira Marinho, Themis Lessa da Silva, João Miguel da Costa Neto, Mauro Ferreira Filho e Denise Alonso. Todos têm decretação de prisão e busca e apreensão.

Confira bens bloqueados

Augusto Frederico Ricci Volpato apreensão de um Jeep/Renegade Thawk At D, que custa a partir de R$ 125mil e um I/Ford Ranger xlscd3d4a (importado) avaliado em aproximadamente R$ 300 mil.

João Gustavo Ricci Volpato sequestro de um I/Volvo Xc40 T5 R-Design (Importado) que custa a partir de R$ 150 mil e um I/Gwm Haval H6 Prem Hev (Importado), comercializado por cerca de R$ 200 mil.

Luiza Rios Ricci Volpato teve carro T Cross, avaliado em R$ 120 mil, apreendido.

Márcia Ferreira Costa teve a apreensão de um Toyota/Etios Hb X (Nacional), que custa em torno de R$ 50 mil, e I/Volvo Xc60 T8 Momentum (Importado) avaliado em cerca de R$ 250 mil.

Mauro Ferreira Filho foi alvo de apreensão dos bens Toyota Hilux (R$ 240 mil), um reboque R/Radial Rcn, uma lancha e um jet ski.

França e Moraes Sociedade de Advogados teve uma caminhonete Nissan Frontier Atk apreendida, avaliada em R$ 215 mil.

Melissa França Praeiro Vasconcelos de Moraes teve o carro Volvo Xc40 T5h Inscrip, avaliado em R$ 150 mil, apreendido.

Themis Lessa da Silva Voyage e um Corolla que custa cerca de R$ 170 mil.

Lessa Consultoria Empresarial teve apreendido um Ford Ranger e uma BMW/X1 S20i M Sport avaliado em R$ 370 mil.

Regis Poderoso de Souza teve um Honda/Hr-V, avaliado em cerca de R$ 150 mil, recolhido pela polícia.

A operação
Os indícios apontam para um esquema criminoso centralizado em João Gustavo Ricci Volpato, com envolvimento direto de familiares, empresas e pelo menos 6 advogados: Régis Poderoso de Souza, Wagner Vasconcelos de Moraes, Melissa Franca Praeiro Vasconcelos de Moraes, Themis Lessa da Silva, João Miguel da Costa Neto e Rodrigo Moreira Marinho. O servidor Mauro Martins Sanches Junior, do TJMT, também é citado como colaborador direto nas fraudes.

Os suspeitos usavam documentos forjados e o acesso privilegiado ao sistema do Judiciário para simular quitações de dívidas e movimentações processuais fraudulentas. A estratégia se sustentava na aparência de legalidade, dando credibilidade a ações que geraram os prejuízos milionários. Ao todo, R$ 20 milhões foram desviados da Conta Única.

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