quinta-feira, agosto 14, 2025

Servidor e ex-vereador pode integrar organização que desviou R$ 20 milhões do Judiciário

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O ex-vereador de Cuiabá e atual servidor do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), Luís Claudio, foi afastado de suas funções na Corte Estadual nesta quarta-feira (13) por suspeita de integrar a organização criminosa que desviou mais de R$ 20 milhões da conta única do Judiciário mato-grossense. A determinação partiu do presidente do TJMT, desembargador José Zuquim Nogueira.

Com a decisão, já são quatro servidores afastados após a Operação Sepulcro Caiado, que investigou o esquema milionário. Além de Luís Claudio, estão afastados Mauro Ferreira Filho — considerado o principal elo com o grupo criminoso —, Eva da Guia Magalhães e Cláudia Regina Dias de Amorim Del Barco Correa.

Ligações e investigação

Segundo apuração, Luís Claudio teria ligações com o empresário João Gustavo Ricci Volpato, apontado como líder da organização criminosa. Ambos trabalharam juntos na Prefeitura de Cuiabá durante a gestão de Emanuel Pinheiro (MDB).

O relatório final da Delegacia de Estelionato de Cuiabá, encaminhado ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), sugere a instauração de inquérito complementar para apurar a conduta de Eva e Cláudia Regina, que ainda não foram indiciadas.

Indiciamentos

A Polícia Civil indiciou Mauro Ferreira Filho e João Gustavo Ricci Volpato pelos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro, estelionato, falsidade ideológica e uso de documentos falsos, conforme relatório final do inquérito da Operação Sepulcro Caiado, enviado ao ministro do STJ Ricardo Villas Bôas Cueva, relator do caso.

Além deles, também foram indiciados Wagner Vasconcelos de Moraes, Melissa Franca Praeiro Vasconcelos de Moraes, Luiza Rios Ricci Volpato, Augusto Frederico Ricci Volpato, Themis Lessa da Silva, Régis Poderoso de Souza, Rodrigo Moreira Marinho, João Miguel da Costa Neto e Denise Alonso.

Operação Sepulcro Caiado

A operação cumpriu mais de 160 ordens judiciais, incluindo 11 mandados de prisão preventiva, 22 mandados de busca e apreensão, 16 bloqueios judiciais que totalizam R$ 21,7 milhões, além de 46 quebras de sigilo bancário e fiscal. Também houve sequestro de 18 veículos e 48 imóveis.

O caso segue sob investigação para apurar todas as responsabilidades e localizar eventuais novos envolvidos no esquema que atingiu a conta única do TJMT.

Jornalista: Mika Sbardelott

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