O presidente dos Estados Unidos, Donald J. Trump, assinou nesta quarta-feira (30) uma ordem executiva que impõe tarifa adicional de 40% sobre produtos brasileiros comprados pelos EUA — o que eleva o total da taxa para 50%.
O chamado tarifaço, anunciado pelo republicano em 9 de julho, começa a valer a partir de sexta-feira (1º).
Ao justificar a medida, Trump cita os processos judiciais enfrentados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (leia mais abaixo).
A decisão ocorre em resposta a políticas e condutas adotadas por autoridades brasileiras, consideradas por Trump como prejudiciais à economia norte-americana, à liberdade de expressão e às operações de empresas dos EUA no Brasil.
A Casa Branca acusa o governo brasileiro de implementar medidas que configuram uma suposta censura política, com perseguição a opositores e intimidação de plataformas digitais, e afeta diretamente interesses estratégicos dos Estados Unidos.
Entre os principais alvos das críticas está o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes, citado por promover ações coercitivas contra usuários de redes sociais, jornalistas, políticos e empresas americanas.
O governo Trump argumenta que Moraes ordenou a remoção de contas, aplicou multas milionárias, congelou ativos e ameaçou executivos com processos criminais, por se recusarem a cumprir determinações consideradas ilegais.
“A ordem considera que a perseguição, intimidação, assédio, censura e processo politicamente motivados pelo governo do Brasil contra o ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro e milhares de seus apoiadores são graves violações dos direitos humanos que minaram o Estado de Direito no Brasil”, diz o comunicado emitido pela Casa Branca sobre a assinatura do tarifaço.