O secretário municipal de Educação, Amauri Monge, afirmou que a proposta sobre a privatização da gestão escolar está mantida e passa por estágio inicial de estudo. A fala do secretário aconteceu nesta quinta-feira (4), após coletiva do prefeito Abilio Brunini (PL) que revelou a união das secretarias de Educação, Esporte e Cultura. A fusão das pastas foi encaminhada para a Câmara de Vereadores, mas voltou ao Executivo para correção antes de aprovação.
“Nós estamos ainda fazendo os estudos para verificar a possibilidade [de terceirizar a gestão das escolas municipais] e como que seria feita”, explicou o secretário.
O prefeito havia dito, no último mês, que tem o desejo de privatizar a gestão escolar do município. A mudança afetaria os diretores das escolas, que voltariam para a sala de aula, como alegou.
De acordo com o secretário da pasta, a medida não teria um efeito pedagógico e se restringiria ao aspecto administrativo.
“[A privatização seria] para serviços que não são pedagógicos na sala de aula ou no ambiente escolar. Mas nesse momento nós ainda estamos em estudos preliminares”, afirmou o secretário. Contudo, não detalhou os aspectos avaliados até então, como seria aplicado, modelo seguido, unidades atingidas nem prazos.
A medida foi criticada pelo Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público (Sintep-MT), que chamou a proposta de “anticonstitucional”.
“É muito preocupante a gente ver a administração pública flertando com a possibilidade de repassar parte das políticas públicas para a iniciativa privada. Quem quer mexer com a educação privada que abra uma escola. A gente tem que ter clareza de que o privado visa lucro”, contestou o presidente do Sintep-MT, Henrique Lopes.