O deputado estadual Júlio Campos (União) criticou a polêmica ‘carnavalesca’ em torno do vereador por Cuiabá Rafael Ranalli (PL), que apresentou projeto de lei para proibir investimento público no Carnaval cuiabano por quatro anos. O legislador estadual entendeu como ‘radical’ a medida, sob o argumento de que a festa tradicional brasileira é parte da cultura do Estado e da Capital. Somado a isso, Júlio contou que ele próprio irá aportar recursos para o tradicional carnaval na Praça da Mandioca.
“Não pode o radicalismo. Vereador Ranalli está sendo um pouco radical de querer proibir nos quatro anos. Isso é inviável, porque a Secretaria de Cultura existe para incentivar os eventos culturais e Carnaval faz parte da cultura brasileira, faz parte da cultura cuiabana, mato-grossense”.
Vale lembrar que o também deputado estadual Gilberto Cattani (PL) se inspirou no colega de sigla e apresentou um projeto de lei na Assembleia Legislativa (ALMT), propondo que verbas destinadas pelo Governo de Mato Grosso ao Carnaval sejam redirecionadas para áreas prioritárias como saúde, educação, assistência social e infraestrutura.
Júlio também reforçou a necessidade de ‘manter viva’ a cultura popular da festividade que, em demais estados brasileiros, é grande aposta para o fomento econômico.
“Aqui em Cuiabá nós sempre tivemos uma tradição do Carnaval de rua. Este ano, não é possível. Até com uma crise econômica financeira que aflora nas duas cidades não ter o aporte financeiro do governo municipal. Mas o governo do Estado está portando, o deputado Beto Dois a Um já deu emendas, outros deputados estão ajudando, e não há por que encerrar isso”, pontuou.
“Eu mesmo já acertei com aquele pessoal ali da Praça da Mandioca que é um carnaval tipo tradicional, que não tiveram apoio nenhum, que eu vou aportar um recurso pessoal de Júlio Campos para ajudar a ter este ano, para ter um carnaval lá, uma orquestra tocando ali, porque isso não pode proibir. Esse carnaval existe há 52 anos ali na Mandioca. E não é por falta do recurso da prefeitura que tem que deixar de acontecer”.

